sábado, 31 de julho de 2010

É, a noite do dia 31 de julho para 1º de agosto é além da data de referência do Censo 2010 o meu primeiro dia de trabalho, serei recesseador e vou durante 6 meses camelar por Guarulhos a fora. Minhas expectativas sobre o Censo 2010 variam, espero retratar grandes mudanças em todos o setores da sociedade e da ecônomia, a experiencia de trabalhar diretamente com o povo sera o melhor de tudo, a reação das pessoas entrevistadas, as negativas em aceitação do censo, em 10 anos muita coisa muda.

O Brasil mudou, o mundo mudou, vamos retratar nesse Censo como o país vem participando do jogo do capital. Vou registrar aqui no Blog minhas experiencias censitarias, se assim posso chamar, mas enfim espero ter muitas histórias para contar pois sinceramente essa é a melhor parte do trabalho...

domingo, 25 de julho de 2010

XVI Encontro Nacional de Geógrafos

Estou desde terça na capital gaúcha acompanhando o ENG, um evento que ocorre a cada 2 anos organizado pela AGB (associação dos geógrafos brasileiros) com diversas palestras e oficinas sobre os diversos campos de atuação do geógrafo. Tenho comparecido em pelo menos uma por dia e ontem uma que fui me chamou muito a atenção e me fez refletir sobre os rumos da educação no Brasil. De fato a educação no país é muito precária tanto no setor público quanto no setor privado, e o necessário seria ua reforma educacional, mas enfim vou tentar falar um pouco sobre o tema da palestra.

O tema foi Educação libertária e a experiências das escolas modernas do início do século XX. Um modo totalmente fora do convencional com uma escola voltada para os filhos de operários, mas como tudo que é bom dura pouco foi rapidamente reprimida pelo governo. Hoje em 2010 o mundo é diferente não sei se conseguiria se manter também, mas de fato mostrou que uma escola pode ser feita para os alunos, coisa que hoje nem ontem acontecem.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um bom mate recém cevado...





Uma das maiores alegrias da minha vida sem dúvidas é o chimarrão. Já faz por volta de um ano e meio resolvi reviver as tradições gaudérias que andavam esquecidos pelos lados aqui de casa e praticamente se tornou muito um ritual. Praticamente todos os dias por volta das 2 horas da tarde começo a preparar minhas coisas. Tudo começa comigo abrindo a geladeira, naquele instante me desligo do mundo, pego a erva mate e completo dois terços da cuia, coloco a água no fogo e fico lá mesmo esperando a chaleira chiar.

O processo todo demora cerca de vinte minutos e pronto, meu chimarrão está ali pronto para me acompanhar até o fim da tarde. De fato não tem explicação para um gesto tão simples me deixar mais feliz, mas o chimarrão já faz parte do meu estilo de vida. Manter vivas as tradições é de suma importância para compreender quem somos, e não nos tornar mais um monte de carne moída para viver a vida moderna (ou não).

Às vezes digo que eu represento o Brasil, muita pretensão minha? Talvez, mas sou uma mistura de varias culturas (gaúcho, caipira, paraibano, mineiro e baiano) e que aos poucos foram se perdendo devido à corrida vida de nossa metrópole. Realmente o chimarrão representa muito de mim e muito pra mim, e são aqueles 20 minutos de preparação que mudam o meu dia. Sentido pra isso? Sei la se tem, mas como diz um grande amigo meu, cada louco com a sua mania.

terça-feira, 6 de julho de 2010

20 anos sem o poeta do rock

No dia 7 de julho de 1990 o Brasil via aos 32 anos um gênio da música deixar os palcos da vida. Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza foi um grande ícone da música brasileira em um período conturbado de nossa história, final da ditadura militar e reabertura política marcaram sua obra. Cazuza viveu intensamente até seu ultimo dia, mesmo debilitado pela AIDS fez questão de fazer valer sua passagem pelo mundo, sim, viver cada momento como o último fazia parte do seu show. Suas músicas foram eternizadas com sua voz marcante e seu conteúdo.De fato Cazuza esta na memória de todos os brasileiro.

Relembrar a morte desse grande ícone me fez refletir um pouco sobre a situação do rock e da música nacional em geral, grandes nomes não ficaram eternizados atoa. Posso de dizer que recebi uma boa “formação” musical, se é que isso existe, mas desde pequeno meus pais sempre me incentivaram a ouvir música de qualidade (sem juízo de valores ou coisa do tipo), cresci ouvindo desde Elis Regina e Adoniram Barbosa até Legião Urbana e AC/DC. Nessa bagagem que trouxe de casa aprendi a gostar de tudo um pouco e ser bem permeavél (e crítico) ao novo.

Não sei se perdi o bonde da história ou que foi, mas não acompanhei o desenvolvimento da música no Brasil e quando me vi estava eu cercado de porcarias da indústria músical. As vezes penso que tenho gostos de um cara de 40 anos, mas passo por isso desde o tempo do colégio, não consigo me adequar a essa nova cara do rock nacional. Colorido, bonzinho, bunitinho, melozinho e sem sentido algum. Mas enfim não vou tocar nesse assunto pois todos já devem tar cansados de ouvir gente xingando o cine, o restart e outras porcarias na internet.

O ponto que quero chegar é o seguinte, de fato muita coisa mudou de 20 anos pra cá, a globalização, a evolução dos meios de comunicação e de informação mudaram o cootidiano das pessoas. E o que isso tem a ver com o Cazuza e as porcarias atuais? Cada vez mais tudo tem se tornado mais superficial, devido a falta de tempo e a demanda exagerada de informação que temos não temos tempo de analizar, refletir e digerir desde conhecimento até música, ai que entra o que eu quero dizer, todo esse movimento que vivemos hoje de superficialidade de exagero de emoções cores e o que for, é uma caricatura do momento histórico que vivemos.

Se eu viajei ou não cabe ao leitor definir, mas de fato poucos ficam eternizados sobrevivendo a gerações sem perder seu brilho, com certeza nada do que temos sobreviverá mais que 1 ano. Viva Cazuza, e todos aqueles que fizeram jus a sua passagem nesse mundo.