No dia 7 de julho de 1990 o Brasil via aos 32 anos um gênio da música deixar os palcos da vida. Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza foi um grande ícone da música brasileira em um período conturbado de nossa história, final da ditadura militar e reabertura política marcaram sua obra. Cazuza viveu intensamente até seu ultimo dia, mesmo debilitado pela AIDS fez questão de fazer valer sua passagem pelo mundo, sim, viver cada momento como o último fazia parte do seu show. Suas músicas foram eternizadas com sua voz marcante e seu conteúdo.De fato Cazuza esta na memória de todos os brasileiro.
Relembrar a morte desse grande ícone me fez refletir um pouco sobre a situação do rock e da música nacional em geral, grandes nomes não ficaram eternizados atoa. Posso de dizer que recebi uma boa “formação” musical, se é que isso existe, mas desde pequeno meus pais sempre me incentivaram a ouvir música de qualidade (sem juízo de valores ou coisa do tipo), cresci ouvindo desde Elis Regina e Adoniram Barbosa até Legião Urbana e AC/DC. Nessa bagagem que trouxe de casa aprendi a gostar de tudo um pouco e ser bem permeavél (e crítico) ao novo.
Não sei se perdi o bonde da história ou que foi, mas não acompanhei o desenvolvimento da música no Brasil e quando me vi estava eu cercado de porcarias da indústria músical. As vezes penso que tenho gostos de um cara de 40 anos, mas passo por isso desde o tempo do colégio, não consigo me adequar a essa nova cara do rock nacional. Colorido, bonzinho, bunitinho, melozinho e sem sentido algum. Mas enfim não vou tocar nesse assunto pois todos já devem tar cansados de ouvir gente xingando o cine, o restart e outras porcarias na internet.
O ponto que quero chegar é o seguinte, de fato muita coisa mudou de 20 anos pra cá, a globalização, a evolução dos meios de comunicação e de informação mudaram o cootidiano das pessoas. E o que isso tem a ver com o Cazuza e as porcarias atuais? Cada vez mais tudo tem se tornado mais superficial, devido a falta de tempo e a demanda exagerada de informação que temos não temos tempo de analizar, refletir e digerir desde conhecimento até música, ai que entra o que eu quero dizer, todo esse movimento que vivemos hoje de superficialidade de exagero de emoções cores e o que for, é uma caricatura do momento histórico que vivemos.
Se eu viajei ou não cabe ao leitor definir, mas de fato poucos ficam eternizados sobrevivendo a gerações sem perder seu brilho, com certeza nada do que temos sobreviverá mais que 1 ano. Viva Cazuza, e todos aqueles que fizeram jus a sua passagem nesse mundo.