sábado, 23 de outubro de 2010

77 anos do um Macunaíma da bola.


Manoel Francisco dos Santos,
pobre,
mulato e boêmio.
Fez do gramado seu picadeiro, um artista da bola.
Garrincha virou folclore, seus dribles e cortes são tão irreais que sempre são tratados com ares de lenda
Exemplo de anti herói,
sobretudo humano
fez como poucos o povo sorrir
Levou como poucos multidões
Anti herói,
preguiçoso
nunca gostava de treinar
original
esse foi Mané
Virou estrela
e assim como uma,
brilhou tão forte
que se apagou.
Solitário, pobre e falido morreu um dos maiores jogadores de todos os tempos. Já ouvi muitos dizerem que a diferença do sucesso de Pelé e Garrincha foi a divisão do primeiro em dois, o Edson se separou do personagem Pelé, já Mané sempre foi o Garrincha viveu esse personagem folclórico até seus 49 anos, ali não dava mais tempo de Mané entregar o roteiro. Salve Mané, Heleno de Freitas, Sócrates, Maradona e Cantona.

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Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.

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